Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007

Resenha Histórica de Alvora Arcos de Valdevez

Resenha Historica de Alvora.
 
Esta freguesia fica distante da sede do Concelho cerca de 10 quilómetros para o norte.
O nome de Alvora parece vir de origem árabe.
 
Esta freguesia é limitada a norte pelas freguesias do Extremo e Loureda
A leste por esta ultima ao sul por Sá e Vilela, sendo esta dividida pelo rio vez e a oeste por Aboim das Choças.
Alvora é paroquia muito antiga.
 
Alvora é banhada pelo Rio vez e atravessada pelo regato de nome Rajado que tem uma ponte de cantaria nas Choças os principais montes desta freguesia são a serra da Anta, o monte de Castro o monte da Lagoa,
 
O castro de Alvora nele tem aparecido alguns objectos da idade da pedra e metades de alguns tijolos e fragmentos de cerâmica.
 
Os lugares desta freguesia são Igreja Choças, S. Martinho, Casal-doufe , Fonte, Barbeitos e Bouças . (Barbeitos significaria casa em árabe)
A Padroeira de Alvora é: Santa Maria/Nossa Senhora da Expectação.
Habitantes: tinha 310 habitantes Em.2001 ) e 333 eleitores em 2003.
Actividades económicas: Agricultura.
As Festas e romarias de Alvora são a: Senhora da Cabeça na (terça-feira de Páscoa), Santo António (13 de Junho), Santo Amaro (15 de Janeiro), Senhor do Livramento em (Maio), Senhora de Fátima em (Maio) e Festa do Senhor, que é realizada de 4 em 4 anos em cada lugar.
Património cultural e edificado: Igreja paroquial, capelas de Santo António e Senhora da Cabeça, Quinta do Prego (com capela de Santa Quitéria), Alminhas da Julgueira e Alminhas da Senhora da Cabeça.
Outros locais turísticos: Monte do Crasto , lugar de Barbeitos, praia fluvial da Azenha e Lagoa de Cima.
 
População
 
Em 1890 esta freguesia tinha 166 fogos e 560 habitantes sendo 256 homens 304 mulheres e três estrangeiros 547 eram naturais do concelho e 10 de fora do concelho.
Eram solteiros 151 homens e 94 mulheres e viúvos 16 homens e 22 mulheres.
Sabiam ler 24 homens e 8 mulheres eram analfabetos 232 homens e 296 mulheres.
 
Igreja Paroquial
 
A igreja paroquial é pequena e estava nesta época de 1900 bastante desprezada.
O local onde a edificaram é um ermo oculto a vistas de quase toda a freguesia.
Foi construída no século XVII. É de uma só nave e tem uma torre de boa construção para alem do altar-mor contam-se no corpo da igreja três altares e uma capela das Almas, de boa talha, tudo muito desprezado.
Tem confrarias do Sacramento e Almas. A residência junto da igreja esta em ruínas.
Parcos.
Os parcos eram da apresentação do ordinário indo metade para a mesa archiepiscopal .
 A lotação da paróquia é de 273$000 reis. Alguns dizem que Alvora foi comenda que andava na casa dos viscondes. Não podemos saber a verdade desta notícia.
O primeiro parco desta paróquia de que há noticia foi o abade João Carlos Machado d`Araújo de 1782 a 1786 e o último do século 19 foi Manoel Joaquim Galvão desde 1887.
 
Capelas publicas.
 
Há na freguesia as seguintes Senhora da Cabeça no cume do outeiro de Cacheiros, com festa anual todos os anos na terça-feira de Páscoa.
Foi construída esta capela por volta de 1850.
A capela de Santo António em Barbeitos estava algo desprezada nesta época.
Capelas particulares.
Tem apenas a de Santa Quitéria junto a casa dos Pugas no lugar das choças
 
Mercado.
 
Antigamente Havia no lugar das choças um mercado mensal no dia seis de cada mês. Que passou a ser quinzenal no sitio da Chã pertencente a Loureda .
Pedreira.
 
No sitio da Mourisca Há uma pedreira notável de uma pedra de excelente granito muito apreciada pela sua beleza e tenacidade.
 
As choças.
 
Este lugar que é muito populoso e tinha bastantes lojas de negócio vai ser atravessado por uma estrada.
É muito antigo e acha-se na freguesia a maior parte de suas casas.
 
Casa dos pugas
É um casarão enorme de construção sólida situado num recinto fechado por um muro com parapeitos de cantaria.
Dentro do referido recinto que tem acesso por um elegante portal também de pedra, é que se ergue o palácio que consta de escadaria. Salões e quartos em abundância e de proporções grandes de uma capela de que já falamos e de varias edificações anexas, propias para caseiros, celeiros, cortes, etc. esta casa bastante arruinado foi construído pelos anos 1720.
Foram seus últimos senhores António de Lima Brito que teve brasão d`armas em sete d`outobro de 1805.
 
Homens ilustres.
Esta paroquia deu apenas que se saiba um filho ilustre, foi Manoel José Gomes de Lima, foi em Manaus Brasil onde prestou grandes serviços a colónia Portuguesa contribuindo muito para a fundação da Sociedade e do Hospital de Beneficência Portuguesa que é um dos mais belos edifícios daquela cidade.
 
Capela de S. Martinho
Existiu no lugar de S. Martinho ainda em 1860 existiam ruínas desta capela de S. Martinho de Moymenta que foi igreja paroquial da visita do arciprestado de Loureda .
Diz-se que grande parte das Choças pertencia a esta paróquia. Algumas pedras das ruínas desta Capela foram para a Capela da Senhora da Cabeça na mesma freguesia.
 
Alvora a Lenda da Freguesia
 
Dizem os idosos desta freguesia, que existe uma lenda narrada pelos antepassados, que num determinado lugar da freguesia habitavam umas pessoas indesejáveis supostamente (Mouros) como em tempos diziam os mais velhos,
 E tentando então por varias vezes correr com essas pessoas para fora desse local mas nuca foi conseguido. Foi então que uma ideia surgiu aos habitantes de numa noite reunir todas as cabras e cabritos da freguesia e serem levadas para o alto da serra e foram então colocadas nos cornos das ditas cabras e cabritos velas de cera e foram essas mesmas velas acesas e então cabras e cabritos completamente apavoradas deslizaram serra abaixo em direcção a aldeia vendo isso os ditos Mouros fugiram gritando estamos a ser atacados e vamos todos morrer queimados e foi então que desapareceram desta freguesia sem mais voltar ate hoje.
 Atenção isto é apenas uma lenda e em nenhum caso poderá ser autêntica ou verdadeira.
 
 
 
Hoje esta freguesia de Alvora
 
 Tem uma área de 497 ha e localiza-se a 10 km da sede do concelho, Arcos de Valdevez. Contava com uma população de cerca de 420 habitantes em 1999. É limitada a norte pelas freguesias de Portela e Anhões , esta última do concelho de Monção e Loureda , a leste; a sul por Aboim das Choças, o rio Vez e as freguesias de Sá e Vilela; e a oeste ainda pela freguesia de Aboim das Choças. A freguesia de Álvora está situada num vale e abrange a serra da Anta, os montes da Lagoa e do Crasto . Na serra da Anta, que tem o seu topónimo derivado das Antas aí existentes, ainda visíveis na freguesia de Anhões do concelho de Monção, é possível que, nesta serra outras antas tenham existido, até porque estes montes, onde se estende a freguesia de Álvora, são fartos os vestígios arqueológicos. Assim é também o monte do Castro, onde existiu o Castro de Álvora.
 
 
Autarcas da Freguesia de Alvora
 
                
Presidente. Paulo Jorge Pinto Fernandes
 
Secretario Abel Barreira Domingues
 
Tesoureiro José Rodrigues da Silva
 
Presidente da assembleia de Freguesia Alberto Pereira de Castro
 
 
A resenha histórica desta freguesia foi possível graças as pesquisas efectuados em documentos históricos tais como:  
 Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais,
 Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, site Internet freguesias de Portugal,
 Varias obras de historiadores Arcuenses cedidas para consulta pela Biblioteca Municipal de Arcos de Valdevez,
Arquivo do jornal Noticias dos Arcos e ainda a colaboração da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez habitantes e Presidentes de Junta das freguesias citadas
 
Realizado por Arlindo Galvão
Para Rádio Valdevez
Programa Minha Terra Linda Aldeia
 
publicado por minhaterralindaldeia às 19:40
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